“”Os discípulos lhe disseram: Onde haverá neste deserto tantos pães para fartar tão grande multidão”? – Mateus 15:33.
Partir o pão na comunhão dos santos é bem mais fácil do que fazê-lo no deserto. A multidão que seguia Jesus no deserto era grande e já estavam há três dias sem comer.
O nosso trabalho cristão, geralmente, fica restrito ao templo. Ali se concentram a adoração, os eventos, a evangelização. Esquecemos que o nosso desafio é o deserto, é lá fora que estão os famintos, os necessitados.
Estamos vivendo um paradoxo: não podemos, momentaneamente, estar no templo, mas também nos pedem que não estejamos lá fora. “Fiquem em casa” é a ordem. Neste momento da igreja quando não podemos nos reunir presencialmente o isolamento pode nos trazer a impressão de que nos encontramos no deserto, solitários; mas foi aí que Jesus realizou o milagre.
O milagre de Jesus, neste caso, não foi feito a partir do nada; ele o realizou utilizando o pouco que eles tinham: sete pães e alguns peixinhos foram encontrados com um menino que se dispôs a reparti-los. Utilizou o pouco que tinham e, depois de dar graças, o multiplicou e distribuiu ao povo.
Neste tempo de pandemia, reclusão, enfermidade e retração da economia será o momento de repartir o que temos com aqueles que estiverem em maior necessidade. Muitos, talvez, fiquem temporariamente sem suas fontes de renda. Estejamos atentos às necessidades.